e não vai ter como não pensar que quando eu estive na mesma posição que você está agora - profundamente machucado com a expressão mais espontânea e natural das pessoas ao meu redor, recortada pela mesma problemática do amor que sufoca - eu não precisei recorrer a esses disparates de afirmações que você tem feito sobre nós. que o um é um escroto, que es-co-lhe machucar os demais; que o outro tem o senso de realidade distorcido; que outro ainda é um mau-caráter mentiroso que usa de má-fé. eu me removi do espaço e me permiti aceitar que as pessoas machucam sem ter a menor intenção; e que tudo bem sim. o que bastou foi não ter a intenção, mesmo que a ferida não suma nem cicatrize mais rápido só porque não houve a intenção do golpe. e assim eu pude criar espaço tanto para a minha cura quanto para ajudar o outro a rever aspectos de si que estavam, involuntariamente porém factualmente, ferindo o outro. tudo bem. mudamos e superamos o que passou, e eu repeti infinitamente para quem me perguntou que águas passadas não movem moinhos.
me parece que isso é o mais próximo de perdão que existe. me parece que isso é amor, ou ainda compaixão.
enquanto isso, você se ocupa de acender a fogueira em que vai jogar as pessoas.
é deplorável como, submetidos à mesma condição, eu imediatamente senti que tinha que ir embora, ao passo em que você imediatamente sente que tem que botar minha sanidade mental em cheque.
***
me parece que isso é o mais próximo de perdão que existe. me parece que isso é amor, ou ainda compaixão.
enquanto isso, você se ocupa de acender a fogueira em que vai jogar as pessoas.
é deplorável como, submetidos à mesma condição, eu imediatamente senti que tinha que ir embora, ao passo em que você imediatamente sente que tem que botar minha sanidade mental em cheque.
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